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Tese do PPG-Ecologia ganha Prêmio Capes de teses 2019

Publicado: Terça, 10 Setembro 2019 Produção

Em 2019, o prêmio Capes de teses na área de Biodiversidade foi concedido a Carolina Levis, egressa do doutorado do PPG-Ecologia-INPA, por sua tese sobre o processo de domesticação da floresta por populações pré-hispânicas na Amazônia. 

O prêmio reconhece a melhor tese defendida no ano anterior em cada uma das 49 áreas de avaliação da Capes, a partir de uma amostra composta por teses indicadas pelos PPGs que compõe cada área. Cada PPG indica uma tese, escolhida por um comitê interno como a melhor tese defendida no PPG no ano anterior.

Carolina defendeu sua tese "Domesticação das Florestas Amazônicas" em 2018. O doutorado foi realizado em convênio de co-tutela entre o INPA e a Universidade de Wageningen, na Holanda, e foi orientada por Flávia Costa e Charles Clement no INPA e Frans Bongers e Marielos Peña-Claros em Wageningen. 

Em sua tese, Carolina realizou uma análise integrada de duas extensas bases de dados, uma contendo informação sobre mais de 3000 sítios arqueológicos, e outra de composição e abundância de espécies botânicas em 1170 parcelas de amostragem distribuídas na região amazônica. O cruzamento das informações revelou que espécies arbóreas domesticadas em eras pré-hispânicas têm probabilidade cinco vezes mais alta de ser hiperdominantes, e que a diversidade e abundância de espécies domesticadas tende a aumentar em florestas próximas a sítios arqueológicos. 

O trabalho se situa na vanguarda do conhecimento sobre a ecologia histórica da Amazônia, e mostra que a floresta amazônica atual é resultado de um longo processo de manejo humano. Em uma época em que o modelo de remoção da floresta vem ganhando nova força como única ou melhor alternativa para o desenvolvimento da região, a pesquisa de Carolina e seus associados aponta um modelo de sustentação de uma sociedade complexa e populosa baseado no manejo da floresta em pé.

Parte da tese foi publicada em Science e Frontiers in Ecology and Evolution. Um outro capítulo está prestes a ser publicado na revista Plant & Soil.

Carolina já havia recebido o Prêmio Cientistas e Empreendedor do Ano do Instituto Nanocell em 2017, e o 2o lugar no Prêmio Jovem Cientista do CNPq, na categoria Mestrado e Doutorado, em 2018 por sua pesquisa sobre a domesticação pré-histórica de espécies florestais amazônicas.  

Carolina define seu trabalho como uma "combinação de diferentes abordagens e métodos das ciências naturais e humanas para compreender o longo processo de manejo e domesticação das florestas amazônicas pelas populações locais" e procura "integrar diferentes disciplinas (Ecologia, Biogeografia, Agronomia, Arqueologia e Antropologia) e colaborar em redes de pesquisas internacionais, como a Amazon Tree Diversity Network (ATDN) e a Amazonian Archaeological Sites Network (AmazonArch) para produzir estudos de amplo interesse social e em larga escala." 

Juntamente com sua satisfação pelo reconhecimento da qualidade de seu trabalho, Carolina e seus orientadores ecoam a preocupação da comunidade científica pelos substanciais cortes de bolsas e financiamento de pesquisa decorrentes da rigorosa redução orçamentária imposta pelo governo à Capes a ao CNPq. Só em 2019, o PPG Ecologia já perdeu 5 bolsas de doutorado, e, em conjunto, os PPGs do INPA já perderam pelo menos 40 bolsas, o que representa uma perda muito importante de investimento na formação de recursos humanos de alta qualidade, principalmente em uma região ainda carente de pesquisadores como a Amazônia.

Atualmente Carolina ocupa uma posição pós-doutoral junto ao Programa de Pós-Graduação em Ecologia da Universidade Federal de Santa Catarina. 

Na fotografia vemos a ganhadora do prêmio, Carolina Levis, à esquerda, ao lado de seus orientadores no Brasil, Flávia Costa e Charles Clement.

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