Carolina Levis ganha prêmio Nanocell
A doutoranda do PPG-Ecologia-INPA, Carolina Levis, recebeu o 2º Prêmio Cientistas e Empreendedor do Ano do Instituto Nanocell, na categoria Biotecnologia Agro & Indistrial, por sua pesquisa sobre a domesticação pré-histórica de espécies florestais amazônicas.
O Instituto Nanocell é uma entidade privada sem fins lucrativos sediada em Belo Horizonte, que visa a promoção de ensino, ciências e tecnologia de alcance social. Os ganhadores do prêmio são escolhidos de uma lista de indicados em diversas categorias por meio de votação online pelos cadastrados no portal do Instituto Nanocell.
Carolina Levis estuda a influência dos habitantes pré-colombianos sobre a composição de espécies de florestas na Amazônia desde seu mestrado, e já foi notícia neste site este ano. Seu artigo mais recente, publicado em Science, apresenta os resultados de uma análise integrada de duas extensas bases de dados, uma contendo informação sobre mais de 3.000 sítios arqueológicos, e outra de composição e abundância de espécies botânicas em 1.170 parcelas de amostragem distribuídas na região amazônica. O cruzamento das informações revelou que espécies arbóreas domesticadas em eras pré-colombianas têm probabilidade cinco vezes mais alta de ser hiperdominantes, e que a diversidade e abundância de espécies domesticadas tende a aumentar em florestas próximas a sítios arqueológicos.
Carolina realiza seu doutorado em convênio de co-tutela entre o INPA e a Universidade de Wageningen, na Holanda, com um projeto de tese que expande sua pesquisa sobre a domesticação da paisagem pelos povos pré-colombianos na floresta amazônica. Carolina é orientada por Flávia Costa e Charles Clement no INPA e Frans Bongers e Marielos Peña-Claros em Wageningen.
Na fotografia vemos a ganhadora do prêmio, Carolina Levis, à esquerda, ao lado de seus orientadores no Brasil, Flávia Costa e Charles Clement.