Docentes do PPG-Ecologia entre os pesquisadores mais influentes do mundo
Texto reproduzido da ASCOM/INPA com adaptações
Philip Fearnside e William Magnusson estão na lista dos 100 mil (2%) cientistas mais influentes do mundo, segundo um levantamento que usou métricas padronizadas aplicadas à dados da base Scopus (a maior base de dados de resumos e citações de literatura científica revisada por pares) e considera as citações de trabalhos científicos ao longo da carreira. e em um único ano (2019). O estudo foi realizado por pesquisadores da Universidade de Stanford (EUA), liderados por John Ioannidis, e publicado recentemente em PloS Biology.
A lista contém 253 pesquisadores de instituições brasileiras, entre os quais Philip Fearnside é o 4º mais influente.
Ambos pesquisadores estão entre os docentes mais veteranos do PPG-Ecologia do INPA. Eles iniciaram suas carreiras na Amazônia na década de 1970 e possuem vasta trajetória em estudos sobre serviços ambientais e biodiversidade da Amazônia, respectivamente. São pesquisadores 1A do CNPq e membros da Academia Brasileira de Ciências.
Albertina Lima se junta a Philip Fearnside e William Magnusson em uma lista expandida de 160 mil pesquisadores mais influentes no decorrer da carreira.
Além do ranking baseado em citações ao longo da carreira (Tabela-S6-career-2019), o estudo inclui outro ranking do impacto das citações dos pesquisadores em um único ano, no caso 2019 (Tabela-S7-singleyr-2019). As tabelas podem ser acessadas aqui. Os pesquisadores foram classificados em 22 áreas de pesquisa e 176 subáreas, e todos estão entre os 2% mais produtivos em seu subcampo de pesquisa.
Além de Philip, William e Albertina, o ranking de produtividade em 2019 também inclui Jochen Schöngart e Fernanda Werneck, em suas respectivas áreas de pesquisa.
Rankings como estes são relevantes para avaliar o impacto relativo de resultados de pesquisa na comunidade científica usando métricas de citação como proxies. Igualmente importante, porém, é o impacto do trabalho do pesquisador na sociedade e sua influência sobre políticas públicas.
Como referência mundial no estudo dos serviços ambientais e capacidade de carga antrópica da floresta amazônica, Philip Fearnside produz subsídios essenciais para a avaliação de mudanças climáticas na América do Sul em todos os níveis de governo e organismos internacionais, como o IPCC.
Além de sua enorme contribuição para o conhecimento das relações ecológicas em ecossistemas amazônicos, William Magnusson é o idealizador do sistema RAPELD de amostragem padronizada, que impulsionou a realização de estudos integrados espacialmente e comparáveis em diferentes escalas geográficas, e a adoção de novos protocolos de avaliação ambiental pelo IBAMA.
Jochen Schöngart integra um grupo de pesquisa que é referência mundial em ecologia e manejo de áreas alagáveis amazônicas, em particular dos distúrbios causados por eventos climáticos e ações antrópicas e a definição de critérios para manejo de recursos madeireiros. Também atuou no desenvolvimento de modelos de previsão de níveis de cheia na Amazônia Central.
Albertina Lima e Fernanda Werneck são referências no estudo da biogeografia e evolução de répteis e anfíbios amazônicos. Albertina é pesquisadora 1A do CNPq e Fernanda foi vencedora do prêmio Internacional Rising Talents da L'Oréal-UNESCO for Women in Science em 2017 e é membro afiliada da Academia Brasileira de Ciências, Regional do Norte. Ambas são importantes modelos para jovens mulheres que sonham em fazer carreira em pesquisa científica.
A imagem mostra, da esquerda para a direita, Philip Fearnside, William Magnusson, Albertina Lima, Jochen Schöngart e Fernanda Werneck.
