A fábula do grilo e da formiga
Grilos amazônicos repartem turnos de remoção de sementes com formigas.
Das cigarras ainda não se sabe, mas dos grilos se sabe agora que trabalham tanto quanto as formigas, pelo menos na Amazônia central.
Em seu doutorado no PPG-Ecologia/INPA, agora publicado na American Naturalist , Flávia Delgado Santana descobriu que, em comparação com formigas, os dispersores invertebrados de sementes mais abundantes nos trópicos, os grilos removem quantidades equivalentes de sementes de marantáceas.
A diferença é que os grilos trabalham de noite. Provavelmente, por isso seu papel na dispersão de sementes passou despercebido até agora. A tese foi orientada por Flávia Costa e Fabrício Baccaro.